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FANTASIA OU DOENÇA?

 Fantasias ou Doenças?

Meu marido tem a fantasia de falar de suas possíveis experiências sexuais com riquezas de detalhes o que me constrange muito. Sei que ele é fiel, que é só imaginação, mas parece que ele não está transando comigo. E não gosta de fazer amor de outra forma só dessa. Fantasia ou doença?

Fantasias sexuais são temperos para as relações afetivas e sexuais. Assim como os temperos dos alimentos devem ser a gosto de quem os saboreia. Excessos picantes para quem tem a boca sensível poderão ser desagradáveis ao palato.

O casal deve ser aberto e incentivar o outro em brincar de coisas agradáveis para ambos. No início poderá ser estranho fazer algo que nunca se fez, mas com um pouco de repetição pode-se descobrir outras sensações, ou não. E se assim o for buscarem novas possibilidades, em uma eterna busca de melhorar o Encontro.

No caso de nossa leitora, o tempero está picante demais e seu parceiro não tem interesse em outra forma de "condimentos" sexuais. Teoricamente quando uma pessoa só se excita com uma única fantasia é sinal de que algo está errado com sua sexualidade e afetividade, principalmente quando em desacordo com a pessoa que compartilha o caminho da vida. Podemos também levantar hipótese de perda do interesse sexual e afetivo pela parceira fazendo sexo com outras de forma virtual ou mental, ou mesmo uma forma de agredi-la e assim ela desistir do casamento pedindo a separação e ele se ver livre da relação transformando-a em algoz e ele se saindo de vítima.

Várias possibilidades! O mais importante não é o diagnóstico de normalidade, mas sim a constatação da infelicidade e inadequação do par. Buscar ajuda do psicólogo, sexólogo pode ser de extrema importância. Se o parceiro recusar faz-se necessário o outro buscar de forma individual a ajuda profissional para elaborar sua dependência, fixação e a baixa autoestima nesse casamento, a fim de que reavalie suas escolhas amorosas. Não é à toa que casamos com as características de nossos parceiros que nos machucam ou nos fazem felizes. Construções sócio-históricas, história familiar, forma de entender o amor e tantas outras variáveis nos colocam em situações que não entendemos no presente, mas que tem algum significado em nosso passado.

O sexo, como o alimento, foi feito para nosso prazer e satisfação não para congestão, fome ou desconforto. Sermos gentis, elegantes, atenciosos aos desejos do outro nos faz bons parceiros na cama e na mesa.

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