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carlosboechat2013

QUANDO A TIMIDEZ É MAIS FORTE

Sou solteiro, apesar de ser bastante extrovertido e conversar com qualquer pessoa em qualquer ocasião, eu travo totalmente quando estou a fim de paquerar o sexo oposto. Eu não consigo desenvolver nenhum assunto e conseqüentemente nunca tenho sucesso.


Só namorei uma vez na vida, porque eu fui agarrado, e foram as únicas vezes que tive relações sexuais freqüentes durante 1 ano e meio. Apesar de sentir prazer, eu prefiro me masturbar. Desde criança me masturbo e não consigo parar. Sinto que troco o sexo oposto por uma masturbação, mas sinto falta de ter alguém comigo, o que não consigo por causa de tanta timidez e insucessos.


Existe alguma relação da minha timidez com minha masturbação frequente?


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A questão de hoje, eu colei integralmente, primeiro por achar muito bem escrita e segundo porque atende a ambos os gêneros.


Atualmente, a “geração MSN”, os grupos de “amigos virtuais”, facilitam a comunicação e a profusão de uma amizade na telinha, alguns com câmeras ou áudio.


Essas pessoas são ótimas para falar superficialidades, brincadeiras, algumas mentiras, construindo um ego imaginário, ideal para si e para quem está do outro lado. (É claro que existem grupos com discussões sérias, verdadeiras e profundas).


Contudo, mesmo envolto na bruma da ilusão virtual, sabem quem são. Suas dificuldades, seus medos.

Uma coisa e ter amigos que nunca se viu, outra são ver, sentir, ouvir, correr risco de desagradar, frustrar-se.


No virtual tem sempre um bonequinho para fazer as pazes. Pois bem, essa geração tem dificuldades interrelacionais por não ter experiências concretas de amizades.


Assim na hora do olho no olho, da conquista e da possibilidade de falar o que o outro pode não gostar, trava. E, a isso dão o nome de timidez. Para mim, pode ser falta de segurança, incompetência, falta repertórios comportamentais, verbais. Experiência na vida real mesmo!


Em face de solidão e ao excesso de estimulo erótico que esses veículos possuem a masturbação torna-se a saída para o prazer seguro, sem comparações, sem dor.


Mas com o tempo a dor existencial, aquela que não tem matéria e que nenhum orgasmo solitário irá satisfazer, ao contrario, aumentará o que busca eliminar, tornar-se-á insuportável.


Quando uma criança se toca com frequência costumamos dizer que ela tem algum problema emocional na família, uma vez que busca satisfação solitária por não ter o prazer emocional com seus pais. Nesses casos, a família precisa de ajuda e a busca de um profissional tornam-se necessária.

No caso de nosso leitor, acredito que em se arriscando às dores e aos prazeres da vida concreta, descobrindo o prazer da companhia, do beijo molhado, da aceleração do coração ao abraço, seus sintomas de timidez e masturbatórios deverão diminuir ou até cessar.


Sei que não será uma tarefa fácil. Aqueles que vivem seguros, mas presos em seus muros de pedras – virtuais ou não – é sempre uma aventura ansiosa o passeio pelo campo.


Uma vez eu li, mas não sei a origem, que a felicidade e a segurança nunca andam de mãos dadas.

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