Por que o desejo sexual ou o tesão alteram com o tempo ou quando temos uma decepção com nosso amor?
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O desejo sexual é um sentimento do prazer. Precisamos estimular nosso cérebro através de fantasias, pensamentos e percepções como o tato, o cheiro, a visão. Cada um é estimulado de acordo com suas construções emocionais e familiares. Por exemplo, a fantasia de uma lingerie pode despertar desejo em uma pessoa e em outra não.
Como todo estímulo físico a repetição do mesmo tende a diminuir a força da resposta. Se você beija no pescoço e seu parceiro adora, não poderá fazê-lo sempre e da mesma forma, pois assim terá o risco do beijo nada mais representar. Como passar dos anos e a mesma atitude erótica o desejo e o prazer diminui. É necessário alterar a frequência e intensidade com que se faz, ou fazer variações intercalando os tipos de toque. Tendemos a manter aquilo que é bom ou que está dando certo. Mas no sexo não pode ser assim. Precisamos de vez em quando fazer diferente, inovar, nada muito inovador do que se gosta ou se permite, mas pequenos detalhes podem fazer diferença.
Quando estamos tristes nosso desejo sexual diminui uma vez que hormônios e neurotransmissores estão acionados para lidar com o medo, com a sensação de perda ou mesmo com a ameaça física que uma briga pode trazer. Decepcionar com o nosso amor nos remete a um lugar de distanciamento, de negação das estimulações e até mesmo da permissão de sentir amor, atração e pele. Ficamos um pouco congelados em posição de defesa contra um possível inimigo, real ou imaginário e nessas circunstâncias não dá para desejar, buscar prazer.
A primeira coisa que devemos fazer é acertar as relações amorosas ou como dizem: “Temos que estar bem em pé para ficar bem deitado”. Uma boa conversa sem críticas ou cobranças, mas com propostas reais e possíveis de serem feitas. Lavar a roupa suja de uma vez sem ficar trazendo a cada encontro uma mágoa antiga diminuindo a possibilidade de amar em um sofrimento interminável. Depois de tudo esclarecido, às vezes é necessário dar um tempo para cada um. Ficar próximo sem exigir carícias ou sexo, embora para algumas pessoas o sexo ajude a resolver as dores das discussões. Mas cada ser é diferente, precisa saber como seu parceiro funciona e ter a paciência e humildade de esperar o outro. Importante lembrar que esperar o tempo do outro não é ficar no silêncio, ou com cara fechada ou insinuações irônicas que pode irritar e retroalimentar a dor sentida. Chamegos, suaves caricias e aos poucos o convite para o sexo são caminhos para consertar o ocorrido e aumentar o desejo que foi sentido.
Quando o sexo acontecer, no tempo de cada um, deve ser suave e intenso entregue as possibilidades. Sinta o cheiro, a pele e deixe que seu corpo reaja ao bom e ao belo do Encontro.
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