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QUAL O TEMPO IDEAL PARA O SEXO?

  • carlosboechat2013
  • 19 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

“Tenho 25 anos e meu esposo costuma fazer um sexo muito demorado, quando

acredito que está chegando o ponto G do prazer, ele da uma paradinha para aguentar mais, não que não sinta prazer, o problema que chega um momento que fica cansativo e acabo sentindo um desconforto ao invés de prazer, já tentei conversar sobre o assunto mais parece que ele não entende.”


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Durante séculos o prazer feminino não era considerado. Aliás, era combatido diagnosticado como possessão demoníaca ou doença chamada de furor uterino. O sexo era com objetivo reprodutivo e qualquer forma fora deste contexto não pertencia às mulheres sérias e de família. A expressão do prazer sexual feminino pertencia às prostitutas e loucas.


A partir dos anos 50, nos EUA, estudos científicos mostraram a naturalidade e necessidade do prazer sexual. Iniciou-se, então, um conjunto de informações educativas com intuito de mudanças de comportamento e paradigma sobre o relacionamento sexual. A necessidade da chamada “carícias preliminares” possibilita uma maior excitação feminina e consequentemente o prazer. Da mesma forma que se tentou educar os homens quanto ao controle ejaculatório ou diminuição da pressa em obter o seu orgasmo. Da negligência ao prazer feminino passou-se a preocupação extremada em “dar” o prazer a ela, como se este fosse uma prerrogativa masculina, um presente, uma caridade. Ser bom de cama passou a fazer a mulher ter vários orgasmos, de novo o prazer no poder masculino. Não é bem assim. O prazer pertence à mulher. Ela precisa também se soltar, saber aonde é bom, compartilhar seus desejos, sonhos e preferências de carícias para que o Encontro seja verdadeiro e orgásmico. Às vezes o prazer em estar com o parcerio(a) está nos beijos e toques sem a obrigatoriedade do orgasmo. Cuidado para que a sensação maior não se torne uma busca persecutória.


Tenho falado em minhas palestras com casais e jovens, que as “preliminares” não são prévias para a penetração, mas o sexo em si. Ter e compartilhar o prazer do toque, do cheiro, dos beijos em todo o corpo e também nos genitais (não só!). A penetração é o encerramento do ato sexual uma vez que o gozo masculino, via de regra, encerra a intensidade e o ato em si. Contudo o homem precisa estar atento ao prazer da parceria, pois após o orgasmo perde-se o interesse em continuar na prática sexual. Nossa leitora nos diz que ele demora deliberadamente ocasionando seu desconforto. Talvez ele o faça pelo prazer que sente talvez pela crença errônea que tenha que demorar para ser bom de cama, enfim, ele deve ter suas razões. O que me chama a atenção é ela avisar, pedir que seja diferente e ele insistir na manutenção do comportamento. Como fazer amor pensando somente em seu prazer? Como fazer amor sabendo que é incômodo para quem se diz amar? Curioso essa forma de amar!


Sugestão para leitoras e leitores em situações não prazerosas: primeiro converse bastante a respeito, não obtendo o resultado do combinado, interrompa a relação sexual. Essa atitude irá assustar e proporcionar uma nova atitude. Claro, evitando agressividade, ironia etc. Lembrando o que foi conversado e o quanto está satisfatório pedindo que encerre a atividade sexual e no próximo encontro lembrar o ocorrido e o desejado.

 
 
 

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