Tenho 50 anos e percebo que a necessidade imperiosa de sexo tem diminuído, por outro lado estar com a mulher que amo, apreciar o belo do dia a dia tem sido muito bom. Está certo isso?
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O homem ou mulher de 50 anos ou mais, já amou e foi amado, continua amando, teve vários relacionamentos, sofreu, viveu varias situações intensas em sua vida. O sexo é uma parte importante para os homens. (não que não seja para as mulheres!) Parece que além do prazer que proporciona, ele
define e fortalece o que se entende por masculino. A testosterona, hormônio masculino, impulsiona para esse maior desejo, enfim, como dizem as mulheres, o homem só pensa naquilo. Hormônio e cultura fazem a mistura que somos.
Face às experiências sentidas durante a vida, a prática sexual pode deixar de ser o foco por ter percebido que há mais na vida do que o orgasmo ou a vaidade de provar que é homem. Esses entendem que os prazeres estão em outras formas de expressões. Alguns só tiveram a oportunidade de amar na meia idade e quando o experimentam tendem a envolverem-se intensamente deixando a prática sexual como um acessório dos múltiplos prazeres que experimentam. Somente quando amam conseguem prestar atenção ao sorriso, à textura da pele da amada, a beleza do dia de sol. Entregam-se a sensações e sentimentos que a juventude não permitia por terem que provarem o tempo todo que eram os machos. Aos 50 anos já se sabe, não precisam provar nada.
Importante lembrar que a partir dos 45 anos é comum iniciar a queda da testosterona diminuindo o desejo e em alguns casos a ereção. Precisamos entender que o processo de envelhecimento nos transforma e que o tesão dos 30 anos não será o mesmo. Diminui-se a intensidade, mas não a manifestação.
No caso de perdas eretivas frequentes a reposição hormonal pode ser indicada, mas tudo com sério critério médico. Necessitamos de estímulos eróticos adicionais, que nossa amada nos toque com mais intensidade, que manifeste mais desejo por nosso corpo, desta forma a ereção se torna mais rápida e permanente.
Quando estamos enamorados ou apaixonados sentir a pele, o cheiro e o orgasmo é algo que beira o divino. Contudo, estar ao lado da pessoa amada, vendo a vida como ela vê, compartilhando suas impressões da vida já tão vivida, apreciando as belezas do cotidiano que a luta do trabalho e das obrigações impediam tende a dar um colorido especial à vida. Como uma tela de aquarela: pinceladas simples, suavidade diluída, traços despretensiosos construindo uma realidade de leveza e beleza impar.
Então, não há nada de errado em você se descobrir com menor frequência sexual, mas sentindo-se mais vivo, mas atento aos outros prazeres possíveis que a luta de toda uma vida lhe oferece como prêmios por tantas vitórias e derrotas.
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