“Tive algumas relações extraconjugais e fiquei impressionada como é mais interessante do que a com o meu marido. A culpa é grande e admito que após esses eventos minha relação com meu marido melhorou muito. Por quê?” (mulher 42 anos).
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Há ditado popular que diz: “a goiaba do vizinho é sempre mais gostosa do que a nossa” . E acrescento que às vezes a goiabeira pode ser a mesma, mas a goiaba difícil de pegar se torna a mais cobiçada. Coisa de humanos. Gostamos de desafios, do risco, da aventura. Parece que atingir uma meta nos traz sensações de satisfação, poder e melhora nossa estima.
Na questão sexual passa por algo semelhante. Após anos de casamento, fazendo sexo com a mesma pessoa, geralmente no mesmo lugar, sem novidades ou desafios a frequência tende a diminuir passando a prática sexual acontecer quando a carência está grande ou o medo de perda se torna presente. Há pessoas que fazem sexo pela obrigação do casamento, como cuidar da casa ou fazer a manutenção familiar. Com certeza, esse sexo não é gostoso nem interessante.
Quando se tem a oportunidade de ser desejada (o), seduzido e por fim ser tocado por uma pegada diferente é claro que as sensações e sentimentos ficam hiper excitados. O controle moral e religioso deu espaço para a experiência, para o novo, para medos e aventuras. Sair escondida, criar álibis, arrumar-se especialmente, perfumar-se e depilar-se fazem toda a diferença para o encontro. O coração bate apressado a cada ligação do celular, visitar e-mails ou redes sociais vira compulsão diária, em busca de um “olá” ou a marcação do encontro. Tudo é intenso, excitante.
Dessa forma o sexo tende, não necessariamente, a ser também intenso. A excitação sexual abundante e rápida resultando em orgasmo sem precedentes. Parece que o mundo parou, que não há mais hora, que não há mais nada. Se o mundo acabasse agora, estaria de bom tamanho.
Agora, experimente encontrar com frequência semanal, assuntos irão permear o encontro sexual, as diferenças de crenças e interesses aparecerão e a magia dos primeiros encontros se tornarão apenas reais. Pode ser que continue a ser agradável, mas provavelmente menos intenso. Se resolver casar com seu amante, o risco de não dar certo será grande. Afinal não se conhecem o suficiente, a intensidade vivida impede de ver a realidade e a insegurança da infidelidade marcará essa relação. Afinal, os dois são espertos traidores. Como então manter a confiança?
Que tal transformar seu parceiro (a) em seu amante? Que tal combinar encontros secretos, horários diferentes, roupas insólitas, locais impensados? Que tal ver filmes e livros que forneçam ideias de novas posições, brincadeiras ou fantasias?
Que tal serem livres na alma mesmo sendo casados?
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