“Como lidarmos com a sexualidade do deficiente mental?” Maria (professora).
Uma idéia comum é de que o DM (Deficiente Mental) são masturbadores compulsivos. Isto se deve ao fato de que eles não aprendem que a masturbação exige privacidade como a eliminação de fezes e urina. A ociosidade da maioria dos DMs também contribui para o aumento da frequência masturbatória. Lidamos com a sua sexualidade, incentivando as atividades grupais que possibilitem o diálogo, observação, troca de experiências ligadas às modificações corporais e psicológicas pelas quais estão passando. Proporcionando estimulação tátil, passeios, bailes, esportes, canto e brincadeiras diversas. A sexualidade e a afetividade estão intimamente ligadas e o convívio social pode gratificá-lo bastante. Os DMs geralmente não são procurados(as) para namoros porque em geral não correspondem aos modelos de beleza mais comuns, e o namoros entre DMs não são estimulados pelos pais. Isto resulta em frustração para eles e esta frustração reflete em muitos casos em agressividade. Lembramos que o melhor antídoto para a agressividade é a aceitação da pessoa e do amor.
Os pais temem que a prática amorosa chegue ao sexo genital levando a reprodução aumentando os problemas na família. Além do medo de que seus filhos sejam abusados ou violentados sexualmente, aumentando a repressão e o cuidado evitando os contatos amorosos possíveis.
“Certas escolas proíbem que seus alunos se beijem e acariciem, porque temem a “perda de controle”, embora os técnicos achem correto e normal. O que você acha disso?”
O mito da hiperssexualização do DM provoca uma negação da informação por medo de incentivar a conduta promíscua, isolando o sexo. Na verdade a maioria das condutas inadequadas é produto da ignorância e da segregação do sexo.
Beijos e carícias fazem parte do convívio deles. São sensíveis e geralmente capazes de assimilar limites claros e coerentes propostos pela escola. Proporcionar espaços em que sejam permitidos o toque e o acariciamento do outro, pode ser extremamente benéfico. Isto pode ser conseguido com a prática de esportes coletivos e festas.
“Uma menina portadora de Síndrome de Down, grávida de um pai “normal”, a criança tem possibilidade de nascer com algum problema? (C. APAE)
Sim. A criança pode nascer com a Síndrome ou sem deficiência alguma. É importante ressaltar que, independente de como a criança virá a ser, a mãe é limitada na criação dessa criança, ocasionando problemas sociais e familiares. Haverá necessidade de uma reestruturação familiar para levar a educação desse novo ser.
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